segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Lei sobre as salas de AEE – Atendimento Especializado e Transporte

Sala AEE é uma sala de atendimento especializado onde tem equipamentos multifuncionais como impressoras em Braille, computador do software de voz, teclados em Braille, lupas, o ambiente da sala é de acordo com as necessidades do aluno, são poucos alunos por atendimento e as aulas são em contra turno ao horário da escola regular.

Para quem se lembra é como se fosse aquela chamada classe especial que existia na escola regular antes da inclusão.

 

Segue a Lei que relata sobre este direito, se seu filho tem uma deficiencia ele tem direito então faça valer.

 

Lei nº 10.845, de 5 de março de 2004

Institui o Programa de Complementação ao Atendimento Educacional Especializado às
Pessoas Portadoras de Deficiência, e dá outras providências 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei: 
Art. 1o Fica instituído, no âmbito do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação - FNDE, Programa de Complementação ao Atendimento Educacional
Especializado às Pessoas Portadoras de Deficiência - PAED, em cumprimento do
disposto no inciso III do art. 208 da Constituição, com os seguintes objetivos: 
I - garantir a universalização do atendimento especializado de educandos
portadores de deficiência cuja situação não permita a integração em classes
comuns de ensino regular; 
II - garantir, progressivamente, a inserção dos educandos portadores de
deficiência nas classes comuns de ensino regular. 
Art. 2o Para os fins do disposto no art. 1o desta Lei, a União repassará,
diretamente à unidade executora constituída na forma de entidade privada sem
fins lucrativos que preste serviços gratuitos na modalidade de educação especial,
assistência financeira proporcional ao número de educandos portadores de
deficiência, conforme apurado no censo escolar realizado pelo Ministério da
Educação no exercício anterior, observado o disposto nesta Lei. 
§ 1o O Conselho Deliberativo do FNDE expedirá as normas relativas aos critérios
de alocação dos recursos, valores per capita, unidades executoras e
caracterização de entidades, bem como as orientações e instruções necessárias à
execução do PAED. 
§ 2o A transferência de recursos financeiros, objetivando a execução do PAED,
será efetivada automaticamente pelo FNDE, sem necessidade de convênio,
ajuste, acordo ou contrato, mediante depósito em conta-corrente específica. 
§ 3o A transferência de recursos financeiros às entidades é condicionada à
aprovação prévia pelos Conselhos Municipais de Acompanhamento e Controle
Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Valorização do Magistério - FUNDEF, de programa de aplicação que atenda aos
objetivos estabelecidos no art. 1o desta Lei. 
§ 4o Os recursos recebidos à conta do PAED deverão ser aplicados pela entidade
executora em despesas consideradas como de manutenção e desenvolvimento do
ensino, de acordo com os arts. 70 e 71 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de
1996. 
Art. 3o Para os fins do disposto no art. 1o desta Lei e no art. 60 da Lei no 9.394,
de 20 de dezembro de 1996, é facultado aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios prestar apoio técnico e financeiro às entidades privadas sem fins
lucrativos que oferecem educação especial, na forma de: 
I - cessão de professores e profissionais especializados da rede pública de ensino,
bem como de material didático e pedagógico apropriado; 
II - repasse de recursos para construções, reformas, ampliações e aquisição de
equipamentos; 
III - oferta de transporte escolar aos educandos portadores de deficiência
matriculados nessas entidades. 
Parágrafo único. Os profissionais do magistério cedidos nos termos do caput deste
artigo, no desempenho de suas atividades, serão considerados como em efetivo
exercício no ensino fundamental público, para os fins do disposto no art. 7o da Lei no 9.424, de 24 de dezembro de 1996, que instituiu o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério -
FUNDEF. 
Art. 4o O PAED será custeado por: 
I - recursos consignados ao FNDE, observados os limites de movimentação e
empenho e de pagamento da programação orçamentária e financeira; 
II - doações realizadas por entidades nacionais ou internacionais, públicas ou
privadas; 
III - outras fontes de recursos que lhe forem especificamente destinadas. 
Parágrafo único. Os recursos de que trata o inciso I deste artigo não excederão,
por educando portador de deficiência, ao valor de que trata o § 1o do art. 6o da Lei
no 9.424, de 24 de dezembro de 1996. 
Art. 5o No exercício de 2003, os valores per capita de que trata o § 1o do art. 2o
serão fixados em 2/12 (dois duodécimos) do calculado para o ano. 
Art. 6o A prestação de contas dos recursos recebidos à conta do PAED,
constituída dos documentos definidos pelo Conselho Deliberativo do FNDE, será
apresentada pela entidade executora ao Conselho que houver aprovado o
respectivo programa de aplicação, até 28 de fevereiro do ano subseqüente ao de
recebimento dos recursos. 
§ 1o O Conselho que houver aprovado o programa de aplicação consolidará as
prestações de contas, emitindo parecer conclusivo sobre cada uma, e
encaminhará relatório circunstanciado ao FNDE até 30 de abril do ano
subseqüente ao de recebimento dos recursos. 
§ 2o Fica o FNDE autorizado a suspender o repasse dos recursos do PAED à
unidade executora que: 
I - descumprir o disposto no caput deste artigo; 
II - tiver sua prestação de contas rejeitada; ou 
III - utilizar os recursos em desacordo com os critérios estabelecidos para a
execução do PAED, conforme constatado por análise documental ou auditoria. 
Art. 7o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, 5 de março de 2004; 183o da Independência e 116o da República. 
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA 
Tarso Genro 
Guido Mantega 
José Dirceu de Oliveira e Silva

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